Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2006

Quando nuncar é presunção de sempre

Quando nuncar é presunção de sempre A minha aldeia é tão grande como todas as aldeias Porque todas as aldeias são simplesmente aldeias Incluindo as grandes e cosmopolitas com um rio ao meio. Todavia, quando preciso de trazer-me cá fora a arejar A brincar com as veleidades da rua Sorrir aos cães que passam Atirar beatas com um piparote Correr atrás dos pombos Mandar piropos às garinas bonitas das saias ciganas Escutar a mexeriquice dos patins e esplanadas Esquecer o silêncio dos corredores dos edifícios seculares Planger as cordas que me acordam o destino Sofrer as descidas abruptas ao lusco-fusco Esgrimir a voz no implorar de um beijo somente, Então, costumo pôr-me à esquina, à tua espera Indiferente ao lugar, numa quina qualquer, anónima E anónimo, aconchegados pela hora de chegares Embalado pelo misterioso enigma dos teus olhos Que são capazes de sobrevoar as maiores distâncias Atravessar multidões, ficarem depois do comboio partir, Regressarem de detrás do autocarro, prever a veloci