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Mostrando postagens de agosto, 2006

Knopfli, Rui: escriba de esquina

TESES EM CONDOMÍNIO FECHADO 5. As migrações autorais com diferentes sotaques dentro do discurso literário escribalista Do ponto de vista da utilidade na produção de escrita criativa, os blogs não funcionam como órgãos de comunicação social, abertos e públicos, mas são excelentes instrumentos de trabalho, ferramentas de edição, antecipados prelos, cujo suporte electrónico facilita, quer em termos de flexibilidade como em condições de visibilidade, o programa heurístico e de revisão contínua sem o qual qualquer atelier de literatura não pode passar para melhorar e evoluir dentro da sua performance estilística. São o painel – mas não a agenda ou diário de bordo!, que esses têm uma vocação diacrónica específica de localização datada da obra ou partes dela – de oficina literária onde escritor aponta as primeiras versões do seu trabalho, esclarece os propósitos e intenções que lhe são adjacentes, apenas acessível aos seus leitores íntimos, amigos de confiança de quem não nos importamos que o

escribalismo

TESES EM CONDOMÍNIO FECHADO 1. Quando o escribalismo é confessado pelos seus escribalistas Poucos conhecerão o prodigioso efeito que uma esferográfica pode ter na mente perversa e alucinada de um poeta… Alguns, para melhor usufruírem dela e a manobrarem conforme o seu prazer e argúcia, até fizeram prosa! Entre a corrupção e a heresia apenas existe a esbatida fronteira da materialidade profana. Porque dos rituais, tanto de uma como da outra, também chamados de analogias e anáforas, não rezam destrinças de maior. As mais das vezes, nenhumas mesmo. Se nos pomos de contar, raramente conseguimos evitar que a alegoria salte por’í arriba, suba como seiva humedecendo a caligrafia, invada de insistente esperança cada nervura das pincolhas e pendericos, até à vírgula mais distante das folhinhas ternurentas. Altivas. Góticas. Onde moram os botões de florir e cabritar com as cores do arco-íris. Motivação, arma e corpo de delito, são os três pilares essenciais do homicídio. Definir quem o praticou,

Reentré à Portuguesa

Estrala a Indesa, há Iberdola no ar… É a dança do povo na areia da praia. Mas muito antes ainda que a cana caia Aproa o cargueiro a pique, a naufragar. Saltita o pé da gente no tacão e bico Com a féria do mês sempre a minguar, E cantamos que “em casa é que não fico” Mas sair é cá dentro, e petisco… passear. Adelgaça a varina a roda à saia Ginga-lhe o corpete no vira virote, Que peixeira e político são da mesma laia, Pois pregam em pregão do seu camarote: “ Quem merca défice fresquinho da costa Marmota do alto, da rede cosa nostra!!!?...”