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Mostrando postagens de junho, 2020

ALVA LUZ, AMENO CLIMA

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  ALVA LUZ, AMENO CLIMA Mergulho em recordações… Abro a voz pra respirar-te. Redesenho-te por secções Onde as partes são ambiente Unidas até serem arte, Sentidas até serem gente. Não há mar que te desconheça Não há céu que te não cante, Nem sentir que te desmereça Mesmo se estás distante. Esse ora assim destilado Serenidade (e exatidão), Quase afeto amassado Com o cuidado de tua mão Que assina por bem, no final O teu olhar, meigo e plural, Que traz o céu salpicado De azul só entre as nuvens Cinza e branco prateado Entre as folhas e as vagens Entre verde o casario Quase suspenso dum fio... Jardim pra que não há margens, Nascente pra mais que um rio. E que, por que assim, sendo A vida aí não esgota Ainda que ocasos tendo, Vai subindo, vai descendo Balanceado na rota. Como por laivos de prata, Como um céu de platina, O

#TER ou NÃO TER #JUÍZO

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 TER OU NÃO TER JUÍZO Se vires chegar a gaivota com o bico aloirado de sol, não estranhes; ela me anuncia. Se vires o pôr-do-sol raiado de violetas e uma brisa que vem do sul, não estranhes; eles me anunciam. Se vires uma criança descalça e desnuda correndo pela relva do Jardim do Palácio, não estranhes; ela me anuncia. Se vires algum velho sem-abrigo lambiscando a beata nos dedos amarelados, não estranhes; ele me anuncia. Se vires o louco profeta de barbas despenteadas e sujas discursando contra o consumismo exagerado, a energia nuclear, os Trumps e Bolsonaros na nossa COVID 19, não estranhes; ele me anuncia. Se vires o cão esquelético e faminto como pool de todos os abandonados do mundo, não estranhes; ele me anuncia. Se vires um papiro esvoaçando sobre a multidão mecanizada, não estranhes; ele me anuncia. Se vires cair da janela anónima uma fotografia rasgada, não estranhes; ela me anuncia. Se vires os teus olhos bril