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Mostrando postagens de março, 2015

O RETORNO DO VENCIDO

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O  RETORNO  DO  VENCIDO Por JOAQUIM CASTANHO Afinal, somos uma silhueta longínqua, que esforçadamente tentamos distinguir no horizonte... Resumimo-nos no olhar, no gesto, na fala. Em cada três palavras, uma, a de maior expoente, é falsa ou inconsciente. Temos o privilégio da ingenuidade e sabemos a plástica que nos corre nas artérias sinuosas colorindo o anatómico espectro. Possuímo-nos mais quando pertencemos integralmente, em entrega total e absoluta, a alguém, mesmo que continuamente apostemos em mudar, por sabermos que o/a nos não merece (definitivamente). Gostamos de nos distrair com bons oradores, com recordistas, com feitos humanitários e progressistas, com arrebatadoras obras de arte, desde a pintura à música, passando pelas restantes outras, mas o que sincera e profundamente adoramos é o silêncio – a magia do silêncio... Aqui já se acabaram todos os anseios. Liberdade? Sabedoria? Imaginação? Poder? Nada significam! Como a pequena bola que se despenhou do

DA NATUREZA DA POESIA

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DA NATUREZA DA POESIA Poesia não rima com sexismos E nada sabe de sacanagem, Nem das portas fechadas dos ismos Do poder, e moedas em cunhagem. É inocente sem ser ingénua, Vagabunda mas também exigente; É requintada quando ‘tá nua, E vocífera se meiga sente. Cala, sobretudo se muito quer, E diz principalmente por desdém. Mas tem jeito felino de mulher… E se cicia «sou tua » pensa «de ninguém ». J Maria Castanho