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Mostrando postagens de maio, 2010

As Tentações do Je Ne Sais Quoi

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As Tentações do Je ne sais quoi! Esse escorreito e rudimentar, senão atalho malévolo, esse não-sei-quê com que se pretende reduzir (na qualidade) as obras de arte à banalidade de um mistério, ou (in)definição de (in)suspeitável gosto, espécie de "se não percebo então é porque deve ser bom", que muitos exibem como pedra-de-toque para avaliar as demais por essas, atirando para o redil do surrealismo quantas se imbriquem na associação livre da imagética e da sinestesia, pondo de um lado as que têm esse não-sei-quê que nos arrebata pela incompreensão delas, e do outro, as estruturadas mas simples, por acaso consideradas menores, uma vez que explicam ao contrário das primeiras, que confundem, complicam, expressando fusões inconcebíveis entre parafraseados inconfundíveis, que desde o jazz ao Kusturica foram expulsos pela ecolália Dada, dos paraísos dos direitos de autor, bem como do das parangonas multimédias e escaparates maiores, como quem assenta os alfabetos com o tijolo e c