Quando se casquina não se assobia!
As Hienas Riem Por Despeito «O cérebro de Fradique está admiravelmente construído e mobilado. Só lhe falta uma ideia que o alugue, para viver e governar lá dentro. Fradique é um génio com escritos!» (...) O extenso saber de Fradique também não o impressionava. «As noções desse guapo erudito (escrevia ele em 1879) são bocados do Larousse diluídos em água-de-colónia.» José Maria Eça de Queiroz, in A Correspondência de Fradique Mendes É enternecedor ver como as hienas se lambuzam e enfartam com as sobras do vomitado dos homens, e como se põem aos magotes a destilar peçonha, ou a debandar batendo os cascos com estrondo no soalho, abanando o traseiro como cadelas saídas, desertas de um macho que se lhes empine e as cubra com dotes de Alter Real. E enternecedor, sobretudo, porque se acham mal recompensadas para tanto, uma vez que não fazem absolutamente mais nada e é daí que têm lamber o seu sustento. A Geografia Nacional dá conta disso num dos seus documentários acerca da vida selvagem