UM PONTO DE VISTA... O pseudónimo Luzia é uma espécie de autor exterior ao universo confessional da narrativa, distanciado, no intuito de absorver e relatar a (peculiar) aventura interior humana, mas nunca tanto que impeça, ou venha a impedir que seja continuamente confundida com o autor implícito (Luísa Grande) para, assim, elevar, esclarecer, conseguir, a máxima objetividade textual dentro da (inevitável) subjetividade intrínseca ao género lírico e intimista cultivado pelos parnasianos. As cartas, as observações quotidianas, a experiência de vida, a infância que Luzia quer servir/mostrar ao leitor, são as mesmas que Luísa Grande viveu, experienciou, teve, e quiçá terá registado nos seus diários; Luzia foi buscá-los, deu-lhe a redação que entendeu, embutiu-os quase como flashbacks no texto que estava a redigir/compor ao momento e consoante a estrutura que lhe definira. Os seus melhores textos sobre Portalegre provavelmente foram escritos no Funchal – e vice-versa. Também a
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