OS RAIOS DIGITAIS DE ARINA
RAIOS DIGITAIS São os ires e voltares de Arina na areia em raios X quem ilumina E há no tempo altares de abrires a íris ante os milagres que vires Relógios biológicos dos noves redondos às novidades da gravidez Porque a dança dos números na cadeia da existência exige tua tez Neles há elos que entrelaçam a urgência alfanumérica na sensatez Se despem dos caprichos sulcando nichos de fluorescência e canto Verdes ramos de silene nas frinchas do manto em retalhos multicor Esculpidos nas escarpas do ser ainda investido da perfeição divina Falésias fustigadas pelas marés do amor que a si mesmo se ensina Quanto só se ama amando na vereda feita por quem muito caminha Autoestradas a uma outra Roma sem César nem o incendiário Nero Novo calendário onde os setembros são noves e o nove apenas zero Recinto aberto dos deuses que duros não fogem e muros esfarelam Quando as humanidades às vezes fiéis a seus poderes divinos apelam Mulheres e homens tão-só sem os absolutos corcéis