
SÓ OS ANIMAIS É QUE NÃO PODEM ERRAR Ou ASSIM HAJA BILHAR QUE TACOS TRAZEMOS NÓS “Este grande e verdadeiro anfíbio cuja natureza lhe permite viver não só em diversos elementos, como as outras criaturas, mas também em mundos divididos e distintos” (in Sir Thomas Browne, Religio Medici), tem quinhentos que não dá pra trocar por miúdos, em duas ou três larachas e parábolas. No dia em que Tracy Chapman e Carlos Paredes atuaram no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, eu não estava lá. Não assisti, não vi, nem ouvi, mas reconheço que ter Tracy escolhido Paredes para tocar na primeira parte do seu concerto na capital portuga, depois de ter atuado no ano anterior (1988) em Paris, Roma, Barcelona e Londres com Sting, Peter Gabriel, Youssou N’Dour e Bruce Springsteen, a favor da Amnistia Internacional, ter-me-ia valorizado muito, e subido a fasquia no reconhecimento (público) pelo meu bom gosto, mas principalmente na autoestima. Lamento, lamento, contudo a vida é assim...