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Mostrando postagens de maio, 2013
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SÓ OS ANIMAIS É QUE NÃO PODEM ERRAR Ou ASSIM HAJA BILHAR QUE TACOS TRAZEMOS NÓS “Este grande e verdadeiro anfíbio cuja natureza lhe permite viver não só em diversos elementos, como as outras criaturas, mas também em mundos divididos e distintos” (in Sir Thomas Browne, Religio Medici), tem quinhentos que não dá pra trocar por miúdos, em duas ou três larachas e parábolas.    No dia em que Tracy Chapman e Carlos Paredes atuaram no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, eu não estava lá. Não assisti, não vi, nem ouvi, mas reconheço que ter Tracy escolhido Paredes para tocar na primeira parte do seu concerto na capital portuga, depois de ter atuado no ano anterior (1988) em Paris, Roma, Barcelona e Londres com Sting, Peter Gabriel, Youssou N’Dour e Bruce Springsteen, a favor da Amnistia Internacional, ter-me-ia valorizado muito, e subido a fasquia no reconhecimento (público) pelo meu bom gosto, mas principalmente na autoestima. Lamento, lamento, contudo a vida é assim mesmo, e
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RETALHOS DE OUTRAS OUTRAS ÉPOCAS, OUTROS MOTIVOS ÉCLOGA DE JANO E FRANCO (extrato) Dizem que havia um pastor Entre Tejo e Odiana, Que era perdido de amor Per ûa moça Joana. Joana patas guardava Pela ribeira do Tejo, Seu pai acerca morava, E o pastor, de Alentejo Era e Jano se chamava. Quando as fomes grandes foram, Que Alentejo foi perdido, Da aldeia que chamam o Torrão Foi esse pastor fugido. Levava um pouco de gado, Que lhe ficou doutro muito Que lhe morreu de cansado: Que Alentejo era enxuito D’água e mui seco de prado. Toda a terra foi perdida; No campo do Tejo só Achava o gado guarida: Ver Alentejo era um dó! E jano, para salvar O gado que lhe ficou Foi esta terra buscar; E um cuidado levou, Outro foi além achar. BERNARDIM RIBEIRO ( Bernardim Ribeiro , considerado por muitos o patriarca da ficção portuguesa, nasceu na vila do Torrão, em 1482. Passou a infância em Castela, onde o seu pai se exilara dev