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Mostrando postagens de março, 2008
Icebergs, Neve e Muitos Pinguins: As Razões do Ano Polar Internacional
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Representante português em vários comités internacionais, incluindo a Cambridge Philosophical Society, Cephalopod International Advisory Council (CIAC), Association of Early Career Scientists (APECS), Youth Steering Committee for the International Polar Year (YSC) e Scientific Committee for Antarctic Research (SCAR) José Xavier, doutorado pela Universidade de Cambridge, Inglaterra, actualmente investigador pós-doutoral do Centro de Ciências do Mar (laboratório associado da Universidade do Algarve) e da British Antarctic Survey (Reino Unido), faz investigação na Antárctica desde 1997, biólogo marinho com numerosas publicações na ecologia, conservação e gestão de recursos marinhos no Oceano Antárctico, Oceano Atlântico, Reino Unido e Portugal, tendo experiência em estudos interdisciplinares e em colaborações internacionais, membro do Comité Português para o Ano Polar Internacional, coordenador nacional de três projectos chave do Ano Polar Internacional, http://www.cienciahoje.pt/index.ph
Lector in Fabula
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"No máximo, existe apenas uma objecção, à minha objecção à objecção de Lévi Strauss: se até mesmo os reenvios anafóricos postulam cooperação por parte do leitor, então nenhum texto escapa a esta regra." Umberto Eco São partes essenciais do processo crítico, em literatura, desde que este esteja eivado de boa vontade e cooperação semântica, a interpretação, a análise e a valorização do texto, seja ele poema ou ficção, teatro ou ensaio. Todavia há pessoas, e que me desculpem a ousadia de chamar pessoas a este tipo de gente!..., capazes de avaliar a qualidade de um livro, sem que antes o tenham interpretado, muito menos analisado e nem sequer lido totalmente. Pegam num item do leque temático, em que mais à vontade estejam, aplicando-lhe seguidamente todo o seu saber sobre o assunto para, invariavelmente, sentenciarem de cátedra que os restantes capítulos estão a mais. Pretendem, não só saber mais que o próprio autor a propósito da obra, como também, e em superlativo grau, melhor
A peregrinação inteior de Orhan
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Orhan Inner Pilgrimage Presently we live in a world whose essential reality rests upon the will of two duplicates, which now get closer, then stay far away from each other; now get similar, then get different; now join their spades against evil, then they engender it; now they are for each other, then they are against each other; now they devise an invincible machine, then they smash it: well, of two Gods. The God of the Christians and the God of the Muslims. And this could be the conclusion taken of what was not said but largely demonstrated in the White Cidadel, a novel in which story, plot and supposition balance on the borders of identity, swinging “on tiptoe” in an exercise of risk, in as much as “to be” is not unpunished, because “to be” one it takes to be the other, in the vice-versa of a mirror dance. However, that crossed reflection, typical of the flickering writing between the lines, is not extinguished in the above mentioned work and can be the clue of signs for detectives
A Minha Tia é Uma Baleia, de Anne Provoost
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"As lágrimas são para os olhos o que o arco-íris é para o céu" Ditado popular neerlandês. Quando uma das relações primárias (do indivíduo consigo mesmo, do indivíduo com os outros indivíduos, do indivíduo com a natureza e seus elementos, do indivíduo com os animais e do indivíduo com a cultura do lugar, a civilização, o imaginário colectivo e os mitos), em vez da consumada realização, encalha, então as restantes quatro vêm em seu socorro, e determinam pôr fim (preencher) ao buraco negro existente na sua existência – com ressalvadas escusas pela impertinência da redundância. Foi o que aconteceu (ou acontece) sumariamente, na minha opinião, que nunca poderá valer por outra coisa além de conjectura, em A Minha Tia é Uma Baleia , quando Tara, pertencente a uma família, em cujos membros têm o nome sempre começado por t, Tony, o pai, Tânia, a mãe, e Tara, a filha, formando a trindade molecular (ou ordem) da sociedade a que o tempo sem contemplações ditou a prescrição, porque inapta