Entre Bocas e Bocanas, assim passam as semanas
Entre Semanas, Bocas e Bocanas "Estava-se nessas desconformidades quando surgiu em nossa frente um cabrito malhado. O bicho destoava das solenidades. O administrador arreganhou em surdina: – Quem é esse cabrito? – De quem é... – o secretário corrigiu, discreto. – Sim, de quem é essa merda? – Esse cabrito não será dos seus, Excelência?" In O Último Voo do Flamingo , de Mia Couto Há bocanas e bocanas. E se cada um é como cada qual, sendo no todo ou em parte diferente do outro, seu semelhante, posto que ímpar e sem igual, no feitio como nas atitudes, o que é certo, é que são todos uma cambada de sacanas. Incapazes de sentir empatia, abespinham os demais, desde que em algo eles sobressaiam daquilo com que os rotularam, ou a ideia que deles fizeram, cultivaram, difundiram e admiraram. Insistiram e determinaram. Atribuíram como única possível, concebível e lógica. Por exemplo, quando desgostam de uma pessoa, mas gostam/simpatizam com outra, que é sua familiar ou irmã, e se esta, a