“Estando
Galwyn de Arthgyl ajoelhado toda a noite num chão empedrado esperando o dia,
sonha que está num local deserto, olhando para um rio escuro, perto do qual lhe
acontece ser feito cavaleiro; e ele monta e cavalga com dois recém-conhecidos
numa floresta, onde encontra alguém com quem conversam sobre vários assuntos
obscuros e metafísicos, embora educados.
Sir
Galwyn está cético, e, ao ser informado de alguns fatos surpreendentes, Sir
Galwyn descobre que está no meio de loucos: Continuam a ser metafísicos e
corteses, embora não tão educados. Sir Galwyn fica impaciente perante os
conselhos e, despedindo-se do eremita, afastam-se daquele lugar.
Sir
Galwyn encontra alguém perto de um rio, mata-o, e encontra mais alguém que
igualmente mata, num combate leal também; também encontra alguém numa situação
íntima que faz corar Sir Galwyn, mas é perdoado por ele.
Começa
a sua educação sentimental: retira ilações morais da primeira lição.
Sir
Galwyn continua a sua educação sentimental, prossegue a sua pesquisa biológica
em lugares elevados conhecendo, por experiência própria, que uma língua que não
se refreia se desembaraça tão bem como uma cabeça oca ou uma perna bem
torneada; e que só os mortos podem perder tempo com elas impunemente – Sir Galwyn
joeira seu trigo e a Fome conta-lhe os grãos.
Prosseguem
seu caminho e alcançam um lugar que lhes é familiar, onde encontra um estranho.
Durante uma conversa é-lhe proposta uma escolha: Desta escolha e daquele que a
propõe, e de um vento soprando…
Encontra
alguém que vira num sonho, e entra de novo no seu sonho.”
Texto
e Ilustração de WILLIAM FAULKNER, constantes do seu manuscrito MAYDAY, que ele
terá feito e encadernado para oferecer a Helen Baird, em Oxford, Mississípi, a
27 de janeiro de 1926
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