TANTA MORTE PARA NADA
TANTA MORTE POR
NADA...
Toca
na luz a asa estreme
Polindo
sombras e arestas;
Usa
os pólens como creme
Pra
tapar cerzindo as frestas
Com
arraiais ribeirinhos
E
daquelas marchas funestas
Que
se exibem plos pelourinhos,
Plos
altares das ordens pagãs
Onde,
com olhos esgazeados,
Loucos
mataram pessoas sãs
Por
terem sido doutrinados
Por
outros loucos endeusados...
Coisas
acontecidas outrora
Quando
éramos antigos,
Mas
que esquecemos agora
Porque
temos outros perigos.
Porém,
memória salva também,
Não
do passado mas futuro,
E
que nunca o olvide ninguém:
Tantas
crianças foram mortas
Por
o mundo lhes fechar as portas
Somente
em troca dum muro!
Joaquim
Maria Castanho
Com
montagem de Elie Andrade, em memória de todas as crianças judias
mortas pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945.
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