A TOQUE DE CAIXA
A TOQUE DE CACHA/CAIXA
Os pontos cardeais que orientarão os homens do leme, na viragem da sociedade portuguesa na década de 20-30, estavam definidos desde há muito tempo, pese embora a classe dirigente não tenha sido suficientemente lesta e habilidosa na manobra, em transpo-los do papel para a navegação sócio-política quotidiana: Energias renováveis, mobilidade elétrica, adaptação às alterações climáticas e economia circular.
A Covid19 veio acabar com a (des)habilidade canhestra e pachorrenta, pôr a massa crítica em sentido, os agentes económicos a mudar de atitude, os serviços sociais e tecido institucional a arregaçar as mangas e as tecnologias da informação e da comunicação a meterem as os dígitos na massa.
Ou seja, mais uma vez, e à semelhança de anteriores apertos, tal como a presença filipina, as invasões francesas, a gripe espanhola, as guerras mundiais, a eclosão dos movimentos de libertação colonial, o movimento das forças armadas 25A, a sociedade portuguesa só age sob a razão do tem-que-ser, quando não pode adiar nem fugir mais, nem tem para onde, e, se e só se, não tiver outro remédio – a vacina Covid, por exemplo, coisa que não está para breve, pelo menos com segurança e verba disponível para a integrar no plano nacional de vacinação.
Isto é, no vai ou racha e a toque de caixa... quer dizer... cacha!
Joaquim Maria Castanho
Caixa – objeto, instrumento rítmico marcial, parte do teatro onde se situam os camarins, dinheiro realizado por operação de venda ao público, caixa-baixa ou caixa-alta tipográfica ou jornalística, pátio interior de prédios, etc., etc.
Cacha – ação de ocultar, dissimulação, ardil, metade de um lenço (máscara).
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