A pintura de entrada (o mural, portanto, que enforma a moral da prédica) é do Paulo Moreira, e reflecte exemplarmente o ambiente underground que precede e sustenta a formação social dos nossos quadros superiores, forjados na escolaridade académica da competição, das notas para abichar notas, notória vantagem competitiva para os que querem ser o número UM seja no que for, o que importa é que sejam os melhores da altura, no crime, na loucura, na turma, na dança, na matemática, no levar no cu, no atletismo, no futebol, na cultura, na ciência, na política, na pureza como na pecação, quais cavalos a abater em sacrifício das parangonas, que vêem na sociedade um conjunto de combatentes, se estes lhe não baterem palmas a propósito de tudo e de nada, ou de aliados cujo principal valor é o de ajudarem o narciso a conquistar o podium dos ídolos, a sua suprema obsessão, logo a súcia claque do objectivo maior daqueles que essencialmente almejam acertar sempre no centro, incluindo no alvo das coisa
Comentários