As Eleições continuam a fazer-se à moda antiga...
Vergonhosamente lamentável!
A Lei (Eleitoral) 14/79, de 16 de Maio, reflete a mentalidade e sentido prático já obsoletos na época da sua redação, em que a divulgação da informação político-administrativa se fazia nos adros, rossios, tabernas e mercearias, através de editais ou recados estampados nas portas. Vai daí, algumas juntas de freguesia para lixar a concorrência e pôr os partidos menores em notória desvantagem competitiva, resolveram segui-la à letra, excluindo-os das reuniões de delegados em que seriam apresentados os nomes das pessoas propostas para as mesas de voto, que é a mais elementar das participações democráticas remuneradas. Entre elas figura, lamentável e vergonhosamente, a Junta de Freguesia em que estou recenseado – a Junta de Freguesia da Sé, em Portalegre.
Devo, porém, salientar que esta apenas foi mais uma das muitas deste algures do Alentejo profundo que assim procederam, uma vez que só as Juntas de Freguesia de S. Lourenço, Alagoa, Reguengo e S. Julião, se dignaram, por carta ou telefone, a comunicar ao mandatário do partido pelo qual concorro, como independente, a deputado pelo círculo de Portalegre nestas eleições legislativas, a data e horários da realização das ditas reuniões. Entre o número infinito delas que o distrito de Portalegre tem, e não obstante várias terem mais do que duas assembleias de voto, somente quatro adequaram os procedimentos à democracia "tendente" atual, continuando as demais a manter aceso o modus operandi do provincianismo obscurantista dos salazarismos gonçalvistas, conforme se pautem pelo seguimento dos modelos do antes ou do após 25 de Abril.
A classe política andou ocupada com outras coisas mais importantes, sobretudo os deputados das maiorias mais maiorzinhas e das maiorias mais pequeninihas com assento na Assembleia da República, preferindo divertir-se e conviver uns com os outros no messenger do que apresentar projectos e propostas de modernização da estrutura político-administrativa da sociedade portuguesa, atirar ao boneco com suas línguas de trapo do que inquirir o governo e os ministérios acerca dos comos e porquês da implementação dos programas e projectos anteriormente aprovados, invectivar o Magalhães do que saber em que pés andavam o Simplex e o Plano Tecnológico, a navegar nas águas sórdidas da baixeza bairrista dos poderes central e local do que a efectuar autênticas avaliações sobre a eficácia de algumas políticas e a eficiência dos agentes envolvidos na sua prossecução. E porquê? Porque tinham ordenado chorudo e garantido, mai-las suas ajudas de custo, deslocações, banquetes comemorativos e o diabo a quatro, pagos pelos contribuintes e consumidores, munícipes e cidadãos, somente considerados gente e ouvidos nas campanhas eleitorais, que depois de terem apertado os cintos anos e anos, se viram agora obrigados a empenhá-lo ao FEIF e FMI para andar de calças na mão durante mais uma década. Porque aprenderam que a impunidade é um privilégio adquirido desde as nomeações do Estado Novo Corporativista e da ANP em que se não deve mexer se se quer manter o lugar marcado na Assembleia da República. Porque da democracia só lhes servem alguns caminhos e atalhos, não os destinos e muito menos os trabalhos.
Isto nem merecia reparo, pois todos sabemos que é assim desde sempre, como se se tivessem instituído as exceções à democracia como únicas regras que ainda vamos cumprindo (habilidosamente). Todavia a Junta de Freguesia exagerou na dose, e até fez melhor, para que não nos esqueçamos a quem pertencia o governo que nos afundou pràs bolsas do FMI e FEIF. Ainda mal a lista com as força políticos a escrutínio tinha chegado do Governo Civil, já a reuniãozinha estava marcada e feita, com os “clientes” do costume nos seus lugares e acomodados nas mesinhas de voto. Pelo que nos quedamos e batemos a chapelada ao efeito do esclarecimento, ficando definitivamente certos daquilo que suspeitávamos há muito, e que é o fato de nem só nas sondagens haverem Zandigas, polvos adivinhadores e demais acéfalos do prognóstico e do palpite, porquanto a política nacional é também o seu resultado e edição.
Ou seja, nem parece que existimos num país europeu, onde há atualmente tantos licenciados (desempregados), quantos eram então os analfabetos. Se foi para fazer outra trambiquice deste quilate, porque andaram a proclamar o 25 de Abril? Pois não restam agora dúvidas, que tanto agitaram as bandeirinhas e sacudiram os megafones, que engoliram o trapo!
A Lei (Eleitoral) 14/79, de 16 de Maio, reflete a mentalidade e sentido prático já obsoletos na época da sua redação, em que a divulgação da informação político-administrativa se fazia nos adros, rossios, tabernas e mercearias, através de editais ou recados estampados nas portas. Vai daí, algumas juntas de freguesia para lixar a concorrência e pôr os partidos menores em notória desvantagem competitiva, resolveram segui-la à letra, excluindo-os das reuniões de delegados em que seriam apresentados os nomes das pessoas propostas para as mesas de voto, que é a mais elementar das participações democráticas remuneradas. Entre elas figura, lamentável e vergonhosamente, a Junta de Freguesia em que estou recenseado – a Junta de Freguesia da Sé, em Portalegre.
Devo, porém, salientar que esta apenas foi mais uma das muitas deste algures do Alentejo profundo que assim procederam, uma vez que só as Juntas de Freguesia de S. Lourenço, Alagoa, Reguengo e S. Julião, se dignaram, por carta ou telefone, a comunicar ao mandatário do partido pelo qual concorro, como independente, a deputado pelo círculo de Portalegre nestas eleições legislativas, a data e horários da realização das ditas reuniões. Entre o número infinito delas que o distrito de Portalegre tem, e não obstante várias terem mais do que duas assembleias de voto, somente quatro adequaram os procedimentos à democracia "tendente" atual, continuando as demais a manter aceso o modus operandi do provincianismo obscurantista dos salazarismos gonçalvistas, conforme se pautem pelo seguimento dos modelos do antes ou do após 25 de Abril.
A classe política andou ocupada com outras coisas mais importantes, sobretudo os deputados das maiorias mais maiorzinhas e das maiorias mais pequeninihas com assento na Assembleia da República, preferindo divertir-se e conviver uns com os outros no messenger do que apresentar projectos e propostas de modernização da estrutura político-administrativa da sociedade portuguesa, atirar ao boneco com suas línguas de trapo do que inquirir o governo e os ministérios acerca dos comos e porquês da implementação dos programas e projectos anteriormente aprovados, invectivar o Magalhães do que saber em que pés andavam o Simplex e o Plano Tecnológico, a navegar nas águas sórdidas da baixeza bairrista dos poderes central e local do que a efectuar autênticas avaliações sobre a eficácia de algumas políticas e a eficiência dos agentes envolvidos na sua prossecução. E porquê? Porque tinham ordenado chorudo e garantido, mai-las suas ajudas de custo, deslocações, banquetes comemorativos e o diabo a quatro, pagos pelos contribuintes e consumidores, munícipes e cidadãos, somente considerados gente e ouvidos nas campanhas eleitorais, que depois de terem apertado os cintos anos e anos, se viram agora obrigados a empenhá-lo ao FEIF e FMI para andar de calças na mão durante mais uma década. Porque aprenderam que a impunidade é um privilégio adquirido desde as nomeações do Estado Novo Corporativista e da ANP em que se não deve mexer se se quer manter o lugar marcado na Assembleia da República. Porque da democracia só lhes servem alguns caminhos e atalhos, não os destinos e muito menos os trabalhos.
Isto nem merecia reparo, pois todos sabemos que é assim desde sempre, como se se tivessem instituído as exceções à democracia como únicas regras que ainda vamos cumprindo (habilidosamente). Todavia a Junta de Freguesia exagerou na dose, e até fez melhor, para que não nos esqueçamos a quem pertencia o governo que nos afundou pràs bolsas do FMI e FEIF. Ainda mal a lista com as força políticos a escrutínio tinha chegado do Governo Civil, já a reuniãozinha estava marcada e feita, com os “clientes” do costume nos seus lugares e acomodados nas mesinhas de voto. Pelo que nos quedamos e batemos a chapelada ao efeito do esclarecimento, ficando definitivamente certos daquilo que suspeitávamos há muito, e que é o fato de nem só nas sondagens haverem Zandigas, polvos adivinhadores e demais acéfalos do prognóstico e do palpite, porquanto a política nacional é também o seu resultado e edição.
Ou seja, nem parece que existimos num país europeu, onde há atualmente tantos licenciados (desempregados), quantos eram então os analfabetos. Se foi para fazer outra trambiquice deste quilate, porque andaram a proclamar o 25 de Abril? Pois não restam agora dúvidas, que tanto agitaram as bandeirinhas e sacudiram os megafones, que engoliram o trapo!
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