COMEÇAR DO ZERO (OUTRA VEZ!)
Felizmente,
o resultado eleitoral do partido cuja lista integrei para o Parlamento
Europeu, foi muito pior do que aquele que eu estava à espera. Esse fato
libertou-me de todo e qualquer compromisso que me ligasse ao dito partido – o
POUS, Partido Operário de Unidade Socialista –, bem como com o eleitorado
portalegrense, uma vez que preferiram INEQUIVOCAMENTE
votar contra alguém ou alguma força apresentada a escrutínio, do que a favor da
causa regional, de si mesmos, ou de alguém que com eles vive no dia-a-dia,
comunga das dificuldades e anseios. Seria um mistério insolúvel se eu lhes
desconhecesse as causas e preconceitos, ou as vísceras que os governam e
parecem imperar sobre os tutanos... Mas não é o caso!
Portanto,
apraz-me declarar que não repetirei a proeza de candidatar-me pelo POUS, nem de
colaborar com qualquer publicação, em suporte-papel, que tenha a sua origem
nesta terra por Baco plantada entre as serras e a planície, que da charneca em
flor tão afastada atualmente se encontra. À primeira qualquer cai, à Segunda só
quem quer, e à terceira apenas quem é asno. E eu nunca me perdoarei a asneira
que cometi, que foi a de exercer os meus direitos de cidadão dentro da
legalidade constitucional e democrática vigente, em observância aos conceitos
da participação e cidadania, e no respeito pelos valores fundamentais que
assistem à formação de uma Europa inclusiva, igualitária, emancipada,
solidária, coesa, civilizada e desenvolvida. (Ou, supostamente, tudo isso!)
E não o faço
por despeito, ajuste de contas ou simplesmente para racionalizar os péssimos
resultados conseguidos. Faço-o porque sou JOAQUIM
CASTANHO, nome que não herdei nem me foi dado, mas sim conquistei letrinha
a letrinha dia a dia, mês a mês, ano após ano, com esforço e galhardia, de cara
limpa, e sem jamais ter prejudicado ou molestado quem quer que fosse, de rosto
erguido, frontal e em todo o lado, em transparência absoluta, e sem lhe omitir
o mínimo noema ou fonema.
Joaquim Castanho
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