SEPARADORES QUE UNEM





AS FRONTEIRAS SÃO SEPARADORES QUE UNEM

Todos os [principais] problemas nacionais têm uma solução europeia. Apenas importa reconhecê-los e deixar de os enfrentar isoladamente. A chave do progresso chama-se cooperação estratégica. Os governos de todo o mundo sabem-no, alguns praticam-no, os mais ricos testemunham-no. Os países nórdicos, a Alemanha, a Bélgica, a Áustria,a França, são pioneiros dessa atitude.

Ao impulsionar o progresso e desenvolvimento do interior (raiano) português, estamos a fazer com que as semelhanças e qualidade de vida europeia se estendam à periferia que ainda somos, exatamente para o deixarmos de ser. Não devemos, nem podemos, permitir-nos a continuar como estância de férias para a classe média dos países desenvolvidos. Temos que reinventar-nos como parceiros de crescimento da Europa pós-brexit – e com responsabilidades acrescidas (exatamente por causa dele).

Mas para que tal aconteça é necessário mais investimento estrutural, pois sem ovos não se fazem omeletas. Bem pode o primeiro ministro correr atrás dos prejuízos aumentando o aeroporto de Lisboa, via Montijo, desde que não se descure também a oportunidade de BEJA. Este segundo é mesmo de maior interesse nacional do que o primeiro. É um passo que pode configurar a cooperação estratégica com Espanha com vista a consolidar a Europa, provando assim que desde os frios recônditos do Mar do Norte até à Ponta de Sagres só há uma moeda, uma civilização (multicultural), e um desígnio – sermos a vanguarda do amanhã inegavelmente sustentável.


JOAQUIM MARIA CASTANHO

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