TODO O POEMA É CONTROVERSO

 


TODO O POEMA É CONTROVERSO 
 
Cada momento é único.
E mesmo qu’o tempo seja
Extensível, por peleja,
Adulterado ou púnico,
Cada momento é único.
Nada há que o contorne. 
 
Nem pérfida mente, visão
Distorcida pla navegação,
Ou alguém que o transforme…
Ninguém há que o contorne! 
 
Único ainda qu’adverso…
S’o momento é legítimo
E nasce da graça dum crer,
Traz colado a si um verso
Seja público ou íntimo,
Pra que toda a gente ao ler
O dê ímpar… – controverso! 
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Suciadade dos Associais e Assuciados

Herbert Read - A Filosofia da Arte Moderna

Álvaro de Campos: apenas mais um heterónimo de Fernando Pessoa?