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Mostrando postagens de março, 2007

Amélie Nothomb

TEMOR E TREMOR Amélie Nothomb Sobre os japoneses terá afirmado Wenceslau de Moraes (1854-1929) que só tardiamente compreendera/reconhecera quanto se "iludira e que os sorrisos deste bom povo de Tokushima, arisco, conservativo, detestando cordialmente o europeu, traduziam simplesmente escárnio e aversão pelo homem branco, então, confesso, muito desfavoravelmente representado no grotesco exemplar que eu era", facto aliás sublinhado na caricatura que deles faz Amélie- san relatando as nuanças pícaro-escatológicas do quotidiano hierárquico de uma empresa grande, desse país ilhéu que foi edificado e gerido sempre como uma grande empresa da ordem ternária, baseada no honroso orgulho da servidão. Porque à distância de um século algo se mantém inalterável, e de tal forma evidente, que qualquer escritor dos nossos dias o nota, mas não só o nota como o realça e deixa transparecer em palimpsestos e originais, não caberá porém neste alinhavo crítico, pois nele se atendem mais aos liames

Crónicas (In)divisas

Já ninguém duvida por método mas por necessidade e sobrevivência... A César o que é de César. A Deus o que é de Deus. Ao Estado o que é de todos. Não obstante o Ministério da Ciência ter garantido recentemente que o Reactor (Nuclear) Português de Investigação, a funcionar em Sacavém, estar devidamente licenciado, o que é certo, é que de acordo com informações veiculadas pelo Ministério/Instituto do Ambiente, este reactor continua como estava há décadas: sem licenciamento. Os factos são o que são; são factos – e nada pode ser uma coisa e simultaneamente a sua contrária. Em filosofia diz-se que o que é, é. Em política, se é de sensatez, persegue-se esta lógica para incentivar à descoberta da verdade, a fim de que a democracia possa surgir à tona das problemáticas, livre de transgénicos sentidos, limpa de dogmatismos, escanhoada de propagandas falaciosas. Portanto, além da dúvida e da controvérsia, do diálogo que superintende as negociações, outras interrogações nos acometem de não menos