É Preciso Peneirar sem Peneiras
As Peneiras do Presente só Obstruem o Futuro
"A burocracia defende o status quo muito para
além do tempo em que quo já perdeu o status."
L. Peter
Há quem pretenda tapar o sol com a peneira e considere isso legítimo, sobretudo porque satisfará os seus interesses pessoais à custa do desenvolvimento e sustentabilidade de uma região, porquanto são, no mínimo, obscuras e falaciosas as razões apontadas pelo executivo camarário para que edilidade contraia mais um empréstimo chorudo (17,2 milhões de euros) a fim de descaracterizar a cidade sob o pretexto inexorável da apetência empresarial, obrigando os próximos executivos a efectuar uma gestão limitada, de corda na garganta quanto à resolução de problemas originados pelo seu tempo, como em contínuas dificuldades para pagar a fornecedores de curto prazo e manutenção dos espaços públicos, uma vez que esses encargos já estão a ser descurados actualmente, sendo por demais conhecidos os cortes na iluminação da via pública e jardins, no Bairro dos Assentos, por exemplo, onde inúmeros candeeiros ficam "apagados" durante a noite, a Biblioteca Municipal só é apetrechada com lixo literário, normalmente proveniente de doações particulares, posto que se algum grupo de cidadãos pretender fomentar aí um Clube de Leitura terá que recorrer às obras (de língua portuguesa) emprestadas pela Biblioteca Pública de Cáceres, a actividade cultural se resume ao conveniente encaixe das "tournés" de promoção dos grupos e agentes criativos nacionais com a pseudo agência de espectáculos CAEP, os transportes públicos são uma miséria em termos de conforto, mobilidade para todos e alternativas de combustíveis, empenhando 127% das receitas orçamentais para um empréstimo que, supõe-se, deve andar à revelia do articulado da Lei das Finanças Locais, destituindo o concelho da capacidade de resposta às necessidades sociais futuras, às rupturas urbanísticas e desqualificações ambientais, com que certamente se irá deparar nos próximos mandatos, e isto, porque o actual executivo camarário sabe que não irá ser reeleito nas eleições imediatas, logo não irá arcar com as consequências desse empréstimo, num óbvio e determinativo rigor contabilístico e orçamental do aprés nous le déluge, que os anos 70 traduziram, sem maneirismos nem afectações, por o último a sair que puxe o autoclismo.
Além do mais, a falácia é agravada pelos projectos tipo CUF de fazer na Quinta da Cerca, para exclusivo usufruto dos funcionários municipais e seus familiares de um Lar e um Infantário, manifesta acção corporativista de quem está a usar os impostos de todos para beneficiar apenas os agremiados de uma corporação, neste caso a edilidade, mascarando essa iniciativa com a benquista e bem-vista Unidade de Cuidados Continuados e apoio ao ensino especial, sabendo-se como se sabe, no caso da CerciPortalegre ser um bluff porquanto as instruções da PEPT e do Ensino Integrado lhe terem decretado o término, mais ou menos prestes, numa tentativa de engodar um terço dos eleitores portalegrenses, uma vez que, sendo a autarquia a maior entidade empregadora do concelho, lhe estão ligadas, directa e indirectamente, por afinidade familiar, seis mil eleitores deste concelho.
Ou seja, escusa o executivo camarário de tapar a sua abdicação na responsabilidade dos destinos da nossa terra, em demonstração de uma inconsciência política que raia as teias do criancismo, com o pintar das intenções deste empréstimo com a capa das preocupações sociais, que não ilude ninguém a não ser ao seu partido e partidários, igualmente adeptos do tapar o sol com a peneira, e que preferem hipotecar o futuro do que resolver os problemas do presente, que são muitos e antes foram provocados por uma gestão autárquica deficitária do que pelas crises conjunturais, importadas directamente dos USA ou secas imprevistas, preço do capital e juros. Aliás, quando a gestão falaciosa obriga a transferência de recursos e provoca danos insustentáveis (e irreversíveis) numa edilidade, que nome devemos dar-lhe?
"A burocracia defende o status quo muito para
além do tempo em que quo já perdeu o status."
L. Peter
Há quem pretenda tapar o sol com a peneira e considere isso legítimo, sobretudo porque satisfará os seus interesses pessoais à custa do desenvolvimento e sustentabilidade de uma região, porquanto são, no mínimo, obscuras e falaciosas as razões apontadas pelo executivo camarário para que edilidade contraia mais um empréstimo chorudo (17,2 milhões de euros) a fim de descaracterizar a cidade sob o pretexto inexorável da apetência empresarial, obrigando os próximos executivos a efectuar uma gestão limitada, de corda na garganta quanto à resolução de problemas originados pelo seu tempo, como em contínuas dificuldades para pagar a fornecedores de curto prazo e manutenção dos espaços públicos, uma vez que esses encargos já estão a ser descurados actualmente, sendo por demais conhecidos os cortes na iluminação da via pública e jardins, no Bairro dos Assentos, por exemplo, onde inúmeros candeeiros ficam "apagados" durante a noite, a Biblioteca Municipal só é apetrechada com lixo literário, normalmente proveniente de doações particulares, posto que se algum grupo de cidadãos pretender fomentar aí um Clube de Leitura terá que recorrer às obras (de língua portuguesa) emprestadas pela Biblioteca Pública de Cáceres, a actividade cultural se resume ao conveniente encaixe das "tournés" de promoção dos grupos e agentes criativos nacionais com a pseudo agência de espectáculos CAEP, os transportes públicos são uma miséria em termos de conforto, mobilidade para todos e alternativas de combustíveis, empenhando 127% das receitas orçamentais para um empréstimo que, supõe-se, deve andar à revelia do articulado da Lei das Finanças Locais, destituindo o concelho da capacidade de resposta às necessidades sociais futuras, às rupturas urbanísticas e desqualificações ambientais, com que certamente se irá deparar nos próximos mandatos, e isto, porque o actual executivo camarário sabe que não irá ser reeleito nas eleições imediatas, logo não irá arcar com as consequências desse empréstimo, num óbvio e determinativo rigor contabilístico e orçamental do aprés nous le déluge, que os anos 70 traduziram, sem maneirismos nem afectações, por o último a sair que puxe o autoclismo.
Além do mais, a falácia é agravada pelos projectos tipo CUF de fazer na Quinta da Cerca, para exclusivo usufruto dos funcionários municipais e seus familiares de um Lar e um Infantário, manifesta acção corporativista de quem está a usar os impostos de todos para beneficiar apenas os agremiados de uma corporação, neste caso a edilidade, mascarando essa iniciativa com a benquista e bem-vista Unidade de Cuidados Continuados e apoio ao ensino especial, sabendo-se como se sabe, no caso da CerciPortalegre ser um bluff porquanto as instruções da PEPT e do Ensino Integrado lhe terem decretado o término, mais ou menos prestes, numa tentativa de engodar um terço dos eleitores portalegrenses, uma vez que, sendo a autarquia a maior entidade empregadora do concelho, lhe estão ligadas, directa e indirectamente, por afinidade familiar, seis mil eleitores deste concelho.
Ou seja, escusa o executivo camarário de tapar a sua abdicação na responsabilidade dos destinos da nossa terra, em demonstração de uma inconsciência política que raia as teias do criancismo, com o pintar das intenções deste empréstimo com a capa das preocupações sociais, que não ilude ninguém a não ser ao seu partido e partidários, igualmente adeptos do tapar o sol com a peneira, e que preferem hipotecar o futuro do que resolver os problemas do presente, que são muitos e antes foram provocados por uma gestão autárquica deficitária do que pelas crises conjunturais, importadas directamente dos USA ou secas imprevistas, preço do capital e juros. Aliás, quando a gestão falaciosa obriga a transferência de recursos e provoca danos insustentáveis (e irreversíveis) numa edilidade, que nome devemos dar-lhe?
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