Onde param os Nulos?
Espionagem Científica...
Eis uma tradução de Alfredo Barroso, que reporta e traz "à tela do debate um dos aspectos mais importantes da espionagem contemporânea: a espionagem científica. É esse o assunto que Jacques Bergier nos vem expor numa obra solidamente documentada e de leitura apaixonante", e que, pese embora a persistente intenção de inúmeros, bastos e recomendados auspícios da nossa asfixiante provincianidade, jamais lhe serão reconhecidos demais méritos do que aqueles que cabem à mera ficção.
Há questões pertinentes entre os impertinentes da política que não passam com manobras de diversão presidenciais nem fait-divers entre órgãos de soberania... Principalmente porque é preciso cuidar do silêncio dos desafortunados políticos como se este fosse a sua maior fortuna; isto é, como disse alguém acerca de outrem, nos idos anais dos desaguisados entre Pessoa e Almada, o génio se revela de superior talento quando sobretudo reside em se não manifestar. É pela sua genial não-manifestação que encontra o grau superlativo nos subentendidos que lhe dão forma e justificam existência "superior". Como a liberdade na democracia madeirense, cujo élan e vigor expressivo se nota e regista acima de tudo nas evidências da sua amputação. Ou a libertação das mulheres que fugiam à opressão patriarcal casando, tão cedo quanto lhes permitisse a biologia, com um senhor mais velho e endinheirado que as sustentasse, controlasse até ao ínfimo pormenor, e no detalhe dos estilos, evitando que frequentassem leituras perigosas, que lhe endemonhiassem a alma e afogueassem o corpo, que por conseguinte sem censura eram banidas de suas casas e convívio, por medíocres e de cordel serem, popularuchas e intriguistas de vedado acesso, pelo menos, a acreditar na ficção romanesca de antes e depois de Camilo Castelo Branco.
Anteriormente à Lei da Paridade havia mais uma mulher que hoje em dia há, de acordo com os resultados eleitorais vigentes, na Assembleia da República, pelo que mais uma vez demonstrada fica a genialidade desta lei, cuja eficácia se revela categoricamente pela sua não-verificação, tal-qualmente o talento do Almada e o génio do Pessoa, que melhor se revelavam quanto pior se notavam. Ou seja, estamos quase lá, porquanto só falta mesmo, é bater a bota com a perdigota!
Por outro lado, tal como o boémio tunante que retorna a casa tanto mais cedo quanto mais tarde o faz, para quem o "de manhãzinha" não é hora de levantar mas de deitar, também nesta democracia maior é o democrata quanto maior for o número daqueles que impedir de o serem – democratas, digo eu!
Logo, se impedir que demais forças políticas disseminem a sua mensagem, propalem a sua Boa Nova, ainda que esta seja tão trotskista como a chuva que caiu há cem anos; se impedir que os eleitores sejam informados das propostas que os opositores reiteram; se produzir tantas incompreensões e equívocos que a nata das virtualidades ofusque totalmente a liquidez da realidade; se posar de boa figura entre os figurões e figurantes do alardeio fácil e insubstantivo; então, vencê-las-á inevitavelmente, na prontidão das urnas que se alentam no fúnebre encanto da pluralidade e tolerância, que são coisas que ficam muito bem ditas mas devem ser evitadas a todo o custo, não vá a democracia entretecê-las com as linhas do quotidiano. E principalmente, se além disso as denegrir com convicção e vigor melhor será a sua vitória e retumbante o êxito da operação "assalto ao poder", que é o supra-sumo da razoabilidade democrática, independentemente da agudização da crise e multiplicação de insustentabilidades várias, no agravamento das nossas condições e qualidade de vida.
Dirão daí que também estas são "suspeições absurdas e infundadas"? Então onde param as percentagens e o número de votos anulados? Porque se não disponibilizam eles para poderem ser analisados por quem quiser fazê-lo? Que ansiedade é que leva a esconder o rabo do gato esquecendo que o bichano vai todo à mostra? Sinceramente, não percebo, custa-me deveras a entender, como é que trinta e tal por cento dos votantes se deslocou aos locais de voto, precisamente para não votar, ou se enganarem inutilizando o seu voto, invalidando o seu gesto, num assinar de cruz um cheque que lhes há-de sair certamente da conta? Há assim tantos disléxicos políticos em Portugal que dêem para formar três partidos com direito a subvenção? Ou, por outra, há tantos eleitores disfuncionais que carece de aplicar Viagra político como vacina prà estirpe?
Ou não será esta polémica entre Sua Excelência, o presidente da República, e o pseudo-extinto governo socrático mais uma manobra de diversão ensaiada por ambos para desviar as atenções daquilo que é realmente sério, enfim, o elevado número de votos nulos, de entre os quais se adivinham figurar inúmeros propositadamente/intencionalmente/criativamente transformados de válidos em nulos à última hora, na “boca” das contagens?... Bom: se se chegar a saber isto, sem que ninguém o venha a dizer, comunicar, informar o pagante, não se acanhem… E depois, por exemplo, chamem-lhe espionagem!
Eis uma tradução de Alfredo Barroso, que reporta e traz "à tela do debate um dos aspectos mais importantes da espionagem contemporânea: a espionagem científica. É esse o assunto que Jacques Bergier nos vem expor numa obra solidamente documentada e de leitura apaixonante", e que, pese embora a persistente intenção de inúmeros, bastos e recomendados auspícios da nossa asfixiante provincianidade, jamais lhe serão reconhecidos demais méritos do que aqueles que cabem à mera ficção.
Há questões pertinentes entre os impertinentes da política que não passam com manobras de diversão presidenciais nem fait-divers entre órgãos de soberania... Principalmente porque é preciso cuidar do silêncio dos desafortunados políticos como se este fosse a sua maior fortuna; isto é, como disse alguém acerca de outrem, nos idos anais dos desaguisados entre Pessoa e Almada, o génio se revela de superior talento quando sobretudo reside em se não manifestar. É pela sua genial não-manifestação que encontra o grau superlativo nos subentendidos que lhe dão forma e justificam existência "superior". Como a liberdade na democracia madeirense, cujo élan e vigor expressivo se nota e regista acima de tudo nas evidências da sua amputação. Ou a libertação das mulheres que fugiam à opressão patriarcal casando, tão cedo quanto lhes permitisse a biologia, com um senhor mais velho e endinheirado que as sustentasse, controlasse até ao ínfimo pormenor, e no detalhe dos estilos, evitando que frequentassem leituras perigosas, que lhe endemonhiassem a alma e afogueassem o corpo, que por conseguinte sem censura eram banidas de suas casas e convívio, por medíocres e de cordel serem, popularuchas e intriguistas de vedado acesso, pelo menos, a acreditar na ficção romanesca de antes e depois de Camilo Castelo Branco.
Anteriormente à Lei da Paridade havia mais uma mulher que hoje em dia há, de acordo com os resultados eleitorais vigentes, na Assembleia da República, pelo que mais uma vez demonstrada fica a genialidade desta lei, cuja eficácia se revela categoricamente pela sua não-verificação, tal-qualmente o talento do Almada e o génio do Pessoa, que melhor se revelavam quanto pior se notavam. Ou seja, estamos quase lá, porquanto só falta mesmo, é bater a bota com a perdigota!
Por outro lado, tal como o boémio tunante que retorna a casa tanto mais cedo quanto mais tarde o faz, para quem o "de manhãzinha" não é hora de levantar mas de deitar, também nesta democracia maior é o democrata quanto maior for o número daqueles que impedir de o serem – democratas, digo eu!
Logo, se impedir que demais forças políticas disseminem a sua mensagem, propalem a sua Boa Nova, ainda que esta seja tão trotskista como a chuva que caiu há cem anos; se impedir que os eleitores sejam informados das propostas que os opositores reiteram; se produzir tantas incompreensões e equívocos que a nata das virtualidades ofusque totalmente a liquidez da realidade; se posar de boa figura entre os figurões e figurantes do alardeio fácil e insubstantivo; então, vencê-las-á inevitavelmente, na prontidão das urnas que se alentam no fúnebre encanto da pluralidade e tolerância, que são coisas que ficam muito bem ditas mas devem ser evitadas a todo o custo, não vá a democracia entretecê-las com as linhas do quotidiano. E principalmente, se além disso as denegrir com convicção e vigor melhor será a sua vitória e retumbante o êxito da operação "assalto ao poder", que é o supra-sumo da razoabilidade democrática, independentemente da agudização da crise e multiplicação de insustentabilidades várias, no agravamento das nossas condições e qualidade de vida.
Dirão daí que também estas são "suspeições absurdas e infundadas"? Então onde param as percentagens e o número de votos anulados? Porque se não disponibilizam eles para poderem ser analisados por quem quiser fazê-lo? Que ansiedade é que leva a esconder o rabo do gato esquecendo que o bichano vai todo à mostra? Sinceramente, não percebo, custa-me deveras a entender, como é que trinta e tal por cento dos votantes se deslocou aos locais de voto, precisamente para não votar, ou se enganarem inutilizando o seu voto, invalidando o seu gesto, num assinar de cruz um cheque que lhes há-de sair certamente da conta? Há assim tantos disléxicos políticos em Portugal que dêem para formar três partidos com direito a subvenção? Ou, por outra, há tantos eleitores disfuncionais que carece de aplicar Viagra político como vacina prà estirpe?
Ou não será esta polémica entre Sua Excelência, o presidente da República, e o pseudo-extinto governo socrático mais uma manobra de diversão ensaiada por ambos para desviar as atenções daquilo que é realmente sério, enfim, o elevado número de votos nulos, de entre os quais se adivinham figurar inúmeros propositadamente/intencionalmente/criativamente transformados de válidos em nulos à última hora, na “boca” das contagens?... Bom: se se chegar a saber isto, sem que ninguém o venha a dizer, comunicar, informar o pagante, não se acanhem… E depois, por exemplo, chamem-lhe espionagem!
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