Com o perdão de V. Exas.
Os Imaculados do Sistema…
Os Loucos
Há vários tipos de louco.
O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala só.
O idiota que se baba,
Explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
O que nos governa.
O depressivo que salva
O mundo. Aqueles que o destroem.
E há sempre um
(O mais intratável) que não desiste
E escreve versos.
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
Que ri, manso, pela rua, de felicidade.
In A Ignorância da Morte, de António Osório
“A mensagem é o médium.”
Mac Luhan
“Por vezes, ouvimos falar de um processo por danos contra o médico incompetente que deformou um membro partido em vez de o tratar. Mas o que dizer das centenas de milhares de espíritos deformados para sempre pelos inaptos insignificantes que pretendiam formá-los!”
Charles Dickens (em 1848)
Conforme tem vindo a lume ultimamente, Portugal está prestes a virar presunto (1) histórico, isto é, país que não obstante os seus oito séculos de História não é capaz de resolver e pagar as contas da sua sobrevivência, o que o obriga a pedir emprestado para conseguir manter-se a funcionar – nos mínimos. E a coisa não é de agora, que já há muito que se sabia. A mim, e a este propósito, aquando da “terminal” rodada de Crónicas (In)Divisas, no jornal Fonte Nova – e que podem ser constatadas aqui no http://escribalistas.blogspot.com – fiz das tripas coração e – de borla! – alertei para exatamente essa possibilidade, nomeadamente avisando que ou tomávamos medidas restritivas ao esbanjamento geral voluntariamente ou, então, seríamos obrigados a tomá-las no futuro, pela medida do tem-que-ser, ainda me devem declaradas desculpas todos quantos me invetivaram de iluminado e profeta, bem como os que alardearam serem elas frutos de uma imaginação catastrofista.
Mais tarde, aceitei candidatar-me às legislativas pelo POUS 4 porque vi a oportunidade ótima para realçar o significado e urgência da sustentabilidade, da biodiversidade e da cidadania participativa no aprofundar da democracia e cimentar aquilo que pode chamar-se um sentimento político consciente e responsável, com vista estabelecer um projeto – ou desígnio – nacional suficientemente reparador das irregularidades passadas. Fi-lo nas melhores das intenções, mas aqueles que presentemente mais sentem na pele os efeitos desta crise política, social e económica, propalaram que o que eu queria era mama. Actualmente, poderia dizer quando se lamentam «bem-feita, cada um tem aquilo que criou», porém não o digo pois há muita gente que nem votou e também vai pagar pela medida grossa a entrada do Fundo Europeu e FMI, e seu respectivo pacote de austeridadezinhas para os que menos podem – sim, porque para aqueles que podem as restrições serão apenas uma questão (de aumento) de preço…
No plano das autarquias, alertei para o desregramento e desperdício energético que então sucedia. Pois bem, agora estão totalmente às escuras alguns dos jardins que brilhavam e resplandeciam como se fossem carrosséis de feira! Falei nas questões das acessibilidades e transportes para todos, na necessidade de evitarmos – por uma questão de emissões de CO2 e alterações climáticas – a viatura particular e atendermos mais a meios públicos e coletivos. Pois toma: agora a gasolina subiu, os rendimentos diminuíram e a população envelheceu, e está tudo por fazer e com muitas contas por pagar, incluindo os juros do capital a que recorremos para fazer porcarias que têm que ser “abatidas” por inúteis e prejudiciais. E em que ficamos? As mesmas pessoas que criaram o presente estado de coisas vêm-nos propor que lhe renovemos o voto e a confiança para solucionar os problemas… E sabem-no? Se sim, como nos querem fazer crer, então porque deixaram chegar isto onde chegou?
Repeti incondicionalmente como era imprescindível que se atendessem as diretivas para o ensino e educação portugueses enunciadas no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação: Educação – um Tesouro a descobrir, vulgarmente conhecido pelo Relatório Jacques Delors, que faz incidir a aprendizagem sobre os quatro pilares – ou saberes fundamentais – do saber-fazer, saber-aprender/ensinar, saber-ser e saber-estar. Pois bem, continuaram a transmitir a mesma lateirice anterior do na terra do bom viver faz-se o que se vê fazer, e agora andam a contas com o mais elevado número de desordens e crimes, assaltos e atividades agressivas das franjas indesejáveis e psico e sociopatias de que há memória em Portugal.
Insisti na criação e fomento de Comunidades de Leitores e/ou Grupos de Leitura, e desde que me conheço já frequentei diversas que acabaram por falta de quórum e meios financeiros. Porque a literacia não é saber soletrar mas também interpretar, analisar e valorizar um texto. Pois bem: há pessoas com cursos superiores que não conseguem entender um texto sem bonecos com mais 1000 carateres. Acham muito. E que se perdem a partir da terceira linha.
Contudo, os corporativistas e mentores da ignorância continuam a jurar que o culpado dos seus problemas sou eu, por ser radical, pobre, honesto e transparente, e porque em vez de enaltecer e propagandear o pormenorzito que têm de bom, prefiro apontar o incalculável volume de asneiras e montanha desperdícios que caraterizou os seus PEC’s, PRODEP’s, PDM’s, PIDAC’s, OE’s, etc.,etc. e QREN’s, por exemplo. As suas negociatas entre sectores públicos e privados, a que chamam parcerias, quando não o são, mas sim favorecimentos financeiros avulso branqueados por PIN’s e quejandos. Que os problemas atuais só são problemas porque são vistos e contados por alguém, pois caso contrário, se ninguém os denunciasse até seriam virtudes dos nossos imaculados e bem-formados dominadores da República. Ora, imaculem-se!
(1) Na gíria policial/detectivesca “literária” presunto significava cadáver.
Os Loucos
Há vários tipos de louco.
O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala só.
O idiota que se baba,
Explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
O que nos governa.
O depressivo que salva
O mundo. Aqueles que o destroem.
E há sempre um
(O mais intratável) que não desiste
E escreve versos.
Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
Que ri, manso, pela rua, de felicidade.
In A Ignorância da Morte, de António Osório
“A mensagem é o médium.”
Mac Luhan
“Por vezes, ouvimos falar de um processo por danos contra o médico incompetente que deformou um membro partido em vez de o tratar. Mas o que dizer das centenas de milhares de espíritos deformados para sempre pelos inaptos insignificantes que pretendiam formá-los!”
Charles Dickens (em 1848)
Conforme tem vindo a lume ultimamente, Portugal está prestes a virar presunto (1) histórico, isto é, país que não obstante os seus oito séculos de História não é capaz de resolver e pagar as contas da sua sobrevivência, o que o obriga a pedir emprestado para conseguir manter-se a funcionar – nos mínimos. E a coisa não é de agora, que já há muito que se sabia. A mim, e a este propósito, aquando da “terminal” rodada de Crónicas (In)Divisas, no jornal Fonte Nova – e que podem ser constatadas aqui no http://escribalistas.blogspot.com – fiz das tripas coração e – de borla! – alertei para exatamente essa possibilidade, nomeadamente avisando que ou tomávamos medidas restritivas ao esbanjamento geral voluntariamente ou, então, seríamos obrigados a tomá-las no futuro, pela medida do tem-que-ser, ainda me devem declaradas desculpas todos quantos me invetivaram de iluminado e profeta, bem como os que alardearam serem elas frutos de uma imaginação catastrofista.
Mais tarde, aceitei candidatar-me às legislativas pelo POUS 4 porque vi a oportunidade ótima para realçar o significado e urgência da sustentabilidade, da biodiversidade e da cidadania participativa no aprofundar da democracia e cimentar aquilo que pode chamar-se um sentimento político consciente e responsável, com vista estabelecer um projeto – ou desígnio – nacional suficientemente reparador das irregularidades passadas. Fi-lo nas melhores das intenções, mas aqueles que presentemente mais sentem na pele os efeitos desta crise política, social e económica, propalaram que o que eu queria era mama. Actualmente, poderia dizer quando se lamentam «bem-feita, cada um tem aquilo que criou», porém não o digo pois há muita gente que nem votou e também vai pagar pela medida grossa a entrada do Fundo Europeu e FMI, e seu respectivo pacote de austeridadezinhas para os que menos podem – sim, porque para aqueles que podem as restrições serão apenas uma questão (de aumento) de preço…
No plano das autarquias, alertei para o desregramento e desperdício energético que então sucedia. Pois bem, agora estão totalmente às escuras alguns dos jardins que brilhavam e resplandeciam como se fossem carrosséis de feira! Falei nas questões das acessibilidades e transportes para todos, na necessidade de evitarmos – por uma questão de emissões de CO2 e alterações climáticas – a viatura particular e atendermos mais a meios públicos e coletivos. Pois toma: agora a gasolina subiu, os rendimentos diminuíram e a população envelheceu, e está tudo por fazer e com muitas contas por pagar, incluindo os juros do capital a que recorremos para fazer porcarias que têm que ser “abatidas” por inúteis e prejudiciais. E em que ficamos? As mesmas pessoas que criaram o presente estado de coisas vêm-nos propor que lhe renovemos o voto e a confiança para solucionar os problemas… E sabem-no? Se sim, como nos querem fazer crer, então porque deixaram chegar isto onde chegou?
Repeti incondicionalmente como era imprescindível que se atendessem as diretivas para o ensino e educação portugueses enunciadas no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação: Educação – um Tesouro a descobrir, vulgarmente conhecido pelo Relatório Jacques Delors, que faz incidir a aprendizagem sobre os quatro pilares – ou saberes fundamentais – do saber-fazer, saber-aprender/ensinar, saber-ser e saber-estar. Pois bem, continuaram a transmitir a mesma lateirice anterior do na terra do bom viver faz-se o que se vê fazer, e agora andam a contas com o mais elevado número de desordens e crimes, assaltos e atividades agressivas das franjas indesejáveis e psico e sociopatias de que há memória em Portugal.
Insisti na criação e fomento de Comunidades de Leitores e/ou Grupos de Leitura, e desde que me conheço já frequentei diversas que acabaram por falta de quórum e meios financeiros. Porque a literacia não é saber soletrar mas também interpretar, analisar e valorizar um texto. Pois bem: há pessoas com cursos superiores que não conseguem entender um texto sem bonecos com mais 1000 carateres. Acham muito. E que se perdem a partir da terceira linha.
Contudo, os corporativistas e mentores da ignorância continuam a jurar que o culpado dos seus problemas sou eu, por ser radical, pobre, honesto e transparente, e porque em vez de enaltecer e propagandear o pormenorzito que têm de bom, prefiro apontar o incalculável volume de asneiras e montanha desperdícios que caraterizou os seus PEC’s, PRODEP’s, PDM’s, PIDAC’s, OE’s, etc.,etc. e QREN’s, por exemplo. As suas negociatas entre sectores públicos e privados, a que chamam parcerias, quando não o são, mas sim favorecimentos financeiros avulso branqueados por PIN’s e quejandos. Que os problemas atuais só são problemas porque são vistos e contados por alguém, pois caso contrário, se ninguém os denunciasse até seriam virtudes dos nossos imaculados e bem-formados dominadores da República. Ora, imaculem-se!
(1) Na gíria policial/detectivesca “literária” presunto significava cadáver.
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