Expiação, de Ian McEwan, no GLReadcom, de Portalegre
Aprazada para o dia 29 deste mês, no local e às horas do costume, o Grupo de Leitura READCOM, de Portalegre (GLP–IPP), fará a sua próxima sessão à volta do romance de Ian McEwan, intitulado Expiação, e que recentemente foi alvo de adaptação cinematográfica, estreada há pouco tempo entre nós. Com edição portuguesa em 2002, de quem José Prata, na revista Os Meus Livros, nº 7 – onde consta também uma curiosa autobiografia do autor –, e a propósito, terá afirmado ser ela uma obra em que, "epílogo à parte" serem "três histórias: a de uma menina cuja imaginação conduz um homem à queda; a desse homem, que atravessa uma guerra com uma carta no bolso; a daquela menina, quando adulta, escreve um livro para expiar o seu crime." Mais adianta José, que nesses três momentos ficamos na presença da "Inglaterra ociosa do pré-guerra, a demência da retirada de Dunquerque, e de novo a Inglaterra" debaixo dos bombardeamentos alemães (blitz), realçando a transfusão do sentimento épico que a intertextualidade com Jane Austen nele aflora.
Daí que, ainda reportando-nos às palavras do crítico, embora na tradução literal da Gradiva se tenha perdido grande parte da poesia que Expiação respira, "é um romance total, de arquitectura antiga, psicologia moderna [e] montagem cinematográfica." Extraordinariamente reflectido na "cena de amor na biblioteca ou no drama de Cecília a escolher um vestido, [que] têm o peso de uma guerra; e a memória do soldado debaixo de fogo é uma casa solarenga no campo."
Daí que, ainda reportando-nos às palavras do crítico, embora na tradução literal da Gradiva se tenha perdido grande parte da poesia que Expiação respira, "é um romance total, de arquitectura antiga, psicologia moderna [e] montagem cinematográfica." Extraordinariamente reflectido na "cena de amor na biblioteca ou no drama de Cecília a escolher um vestido, [que] têm o peso de uma guerra; e a memória do soldado debaixo de fogo é uma casa solarenga no campo."
Portanto, aqui fica o convite a todos quantos queiram partilhar as suas impressões sobre a obra, admitir que há outras opininiões igualmente válidas sobre ela, sem estigmatizar nos "pântanos" da certeza, ainda que ela veicule a melhor e mais paternalista (ou protectora) das intenções... Digo eu!
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