Muito Pode Quem Não cala
O Poder da Fala " É preciso um espírito muito especial para analisar o que é óbvio. " – A. N. Whitehead Entre o provérbio e o verbo pró (ou contra), não há apenas o conceito de espaço-quando, nem sequer a manifesta intenção de acondicionar o saber de experiência feito numa embalagem linguística passível de ser acatada pelo maior número possível de utilizadores – ou falantes –, mas antes a noção ética que reflecte na íntegra o inconsciente colectivo que o gerou, nas mais profundas e arreigadas inspirações da criação engajada numa civilização, demonstrando assim a qualidade semântica de uma tese que, por si só, não obstante os registos "literários" em que eclodiu, detonou também a antítese que lhe corresponde e a síntese que é o produto de ambas. Logo, ao analisar os provérbios de um povo, de uma língua, de uma cultura, de uma região, de uma espiritualidade, nós não obtemos somente o espelho vivo desse povo, dessa cultura, dessa mentalidade, dessa língua, desse terr