Cláudia e Rafael





Soneto a duas tartarugas (que eu conheço)

















Desexilado sou agora que me nomeaste aqui
Entroncamento de sentidos alerta na esquina
Adorno andrino no dorso da cidade imo de si
Estatueta breve em marfim ao Sol de Arina.

Da água a seiva húmida de coligir a pele senti
Sede sob a concha o corpo aos membros ensina
Que no frio é casa ou no estio o meio que escolhi
De guardar a asa do lento voo pelos rios acima.

Até à nascente do inclinado sol, o raio, a luz, a seta
Que a estrela que busco entra pela janel@ abert@
E torna cada segundo contigo mais que a hora certa.

Porém, o melhor da desibernação é este asterisco
Por cuja mão cresce o astro ou se clarifica a meta
E sacia o vício dando-me na boca precioso marisco!

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