A Terra é Uma Boa Ideia, de James Blish
A Terra é Uma Boa Ideia
James Blish
Trad. Alexandre Tavares
2 Volumes: 192+192 Páginas
No futuro intergaláctico, ou mundo interestelar, as cidades itinerantes, para sobreviverem, têm que recorrer aos produtos e matérias-primas dos planetas, principalmente aos fármacos e combustíveis. Para os adquirirem, pagam-nos em dinheiro ou em trabalho. Estabelecem contratos com as sociedades hospedeiras. Se os não cumprem integralmente, então tornam-se proscritas. E passam a ser denominadas por cidades-vagabundas (que fugitivas da polícia aportam novos mundos ou são exploradas como mão-de-obra barata), ou cidades-piratas, por se abastecerem à custa das outras cidades e planetas, através do saque e da vigarice.
Mas ao espaço-quando universal, em que os homens e mulheres são quase eternos – graças aos antiágicos ou medicamentos antimorte – e as cidades voadoras, que milhares de anos envelheceu e desgastou, avizinha-se o caos e a crise estrutural e organizativa, facultando e permitindo a formação de selvas interestelares, aglomerados de cidades proscritas que, sob as dificuldades em satisfazer as necessidades básicas essenciais, ameaçam a ordem intergalática.
Amalfi, o presidente da câmara da cidade nómada de Nova Iorque, N.I., prevê o fim desse sistema político e económico, e após várias lutas, escaramuças, desaguisados governamentais e peripécias evasivas ao Estado Burocrático, com o fim de se sedentarizar e fixar alicerces definitivos, atraca no planeta MCI, ocupado por uma cidade-vagabunda oriunda de Vega, que escraviza os autóctones de origem terrestre. Consequentemente, liberta a população serva do jugo fundamentalista e feudal da cidade marginal opressora, fazendo-a levantar voo e autodestruir-se no espaço. Gratos, o povo aclama-o. Quer começar de novo, regressar ao ventre ancestral, a augusta e saudosa Terra.É a Terra que procura, mas MCI o que encontra. Pelo que os itinerantes racionalizam e sublimam a diferença, com afectuosa nostalgia, e fazem desse planeta o seu berço, a sua terra. Porque "a Terra é mais do que um pequeno planeta. A Terra não é um local. É uma ideia." Boa, por sinal. E duradoura. Ou sustentável, como soe afirmar-se, acerca de tudo e mais alguma coisa, principalmente por quem desconhece o que é que a sustentabilidade significa precisamente... e em abono do rigor sobrevivente.
James Blish
Trad. Alexandre Tavares
2 Volumes: 192+192 Páginas
No futuro intergaláctico, ou mundo interestelar, as cidades itinerantes, para sobreviverem, têm que recorrer aos produtos e matérias-primas dos planetas, principalmente aos fármacos e combustíveis. Para os adquirirem, pagam-nos em dinheiro ou em trabalho. Estabelecem contratos com as sociedades hospedeiras. Se os não cumprem integralmente, então tornam-se proscritas. E passam a ser denominadas por cidades-vagabundas (que fugitivas da polícia aportam novos mundos ou são exploradas como mão-de-obra barata), ou cidades-piratas, por se abastecerem à custa das outras cidades e planetas, através do saque e da vigarice.
Mas ao espaço-quando universal, em que os homens e mulheres são quase eternos – graças aos antiágicos ou medicamentos antimorte – e as cidades voadoras, que milhares de anos envelheceu e desgastou, avizinha-se o caos e a crise estrutural e organizativa, facultando e permitindo a formação de selvas interestelares, aglomerados de cidades proscritas que, sob as dificuldades em satisfazer as necessidades básicas essenciais, ameaçam a ordem intergalática.
Amalfi, o presidente da câmara da cidade nómada de Nova Iorque, N.I., prevê o fim desse sistema político e económico, e após várias lutas, escaramuças, desaguisados governamentais e peripécias evasivas ao Estado Burocrático, com o fim de se sedentarizar e fixar alicerces definitivos, atraca no planeta MCI, ocupado por uma cidade-vagabunda oriunda de Vega, que escraviza os autóctones de origem terrestre. Consequentemente, liberta a população serva do jugo fundamentalista e feudal da cidade marginal opressora, fazendo-a levantar voo e autodestruir-se no espaço. Gratos, o povo aclama-o. Quer começar de novo, regressar ao ventre ancestral, a augusta e saudosa Terra.É a Terra que procura, mas MCI o que encontra. Pelo que os itinerantes racionalizam e sublimam a diferença, com afectuosa nostalgia, e fazem desse planeta o seu berço, a sua terra. Porque "a Terra é mais do que um pequeno planeta. A Terra não é um local. É uma ideia." Boa, por sinal. E duradoura. Ou sustentável, como soe afirmar-se, acerca de tudo e mais alguma coisa, principalmente por quem desconhece o que é que a sustentabilidade significa precisamente... e em abono do rigor sobrevivente.
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