Há felinos com sorte macaca
O ISCO DO ERRO "– Já sei o que houve – exclamou. – Este gato acaba de anunciar o que aconteceu." In JONH STEINBECK, As Vinhas da Ira Há pessoas perante as quais me engano propositada e frequentemente, quer em nomes e datas, como em títulos e autores, correntes literárias e ideologias. Há outras frente às quais nem sequer preciso já de o fazer, a não ser para confirmar se continuam – ou não – a pensar acerca de mim o que antes pensavam, ou se a sua perceção motivada se mantém acesa e lhe incendeia a visão que a meu respeito têm. Em ambos os casos, porém, concedo-lhes uma vantagem, um atalho para se manterem à frente ou acima de mim, para nunca as perder de vista. Não são de confiança e, normalmente, isso perdura até que lhes dou o golpe de misericórdia, abatendo-as do meu cardápio de conhecidos. São pessoas que se reputam de nunca admitir que qualquer outra que saiba mais do que elas possa estar certo. Singelas no ofício da maledicência, complicam o que é notório e vêem clara