E vai mais uma!
Lamentavelmente os números apresentados na crónica Proibido Olhar, de quinta-feira passada, logo na madrugada de sexta-feira foram inequivocamente alterados pois, conforme noticiaram diversos diários, às 5:30 h em S. João da Talha (Loures), um homem de 28 anos, conduzindo o seu prendado Mercedes, parou a viatura junto à bomba para bater na namorada, Cátia Sofia, de 22 anos, arremessando-a de seguida para a faixa de rodagem em que, precisamente nessa altura, circulava a carrinha duma pastelaria, talvez de transporte de bolos, que a atropelou, provocando-lhe a morte imediata.
Mas não só: outros casos de maus tratos vieram a lume, de onde se depreende que num período de tempo relativamente curto tenham aumentado para quase 70, e isto não contando com aquelas que "comeram e calaram", porquanto são reféns da sua condição económica e dependem integralmente das gentilezas monetárias dos agressores.
Todavia, as autoridades portuguesas, a justiça portuguesa e a comunicação social vigente, continuam a contabilizar estatisticamente as ocorrências, a apoquentar-se com as acções e palavras da UMAR, a sociedade a socializar com os agressores premiando-os pelas suas boas acções, sentenciando sobre as vítimas que "se tal destino Deus lhe deu, é que por alguma coisa o mereceu" tal com disseram anteriormente acerca dos afectados por incapacidades motoras, na popularidade dos ditos que viraram provérbio como no famoso "se Deus o coxeou, é porque algum mal lhe encontrou", coisa de somenos se comentará, já que o que importa para os políticos nacionais é criar obra, pontuar para a pegada ecológica desta geração que se está absolutamente borrifando para as noções cidadania democrática, como para os direitos, liberdade e garantias (constitucionais por acrescento), desde que elas não digam respeito à sua vida, mas à de outrem, por quaisquer que esses outréns sejam, desde que não sejam eles e elas, que ganham bem, têm estatuto de primeira e papel de exemplares mentores da moralidade patriótica.
Ou seja, apetece perguntar com igual cinismo, que importância terá morrerem aquelas que já não eram ninguém para os seus concidadãos e autoridades? É a isto que Pessoa se referia quando afirmou que faltava cumprir-se Portugal? Bem'era a mim, que devia ser!
Por outro lado, as medidas de reforço ao criancismo político aprestam-se para tratar do problema como o faria qualquer ignorante encarregado de educação quando o seu rebento piora nas notas e sobe o número das faltas, aumentando-lhe a mesada, inventando campanhas que sublinhem a sazonalidade da questão, como se elas fossem eficazes na cultura do pepino, à semelhança do que vai sucedendo para o ambiente ou selecção do lixo, que já lá vão mais de um porradão de anos após a DEDS e a maioria da população ainda não sabe em que lugar do ecoponto há-de enfiar a carica, distribuindo uns dinheirinhos pelas sempiternas "paróquias" do faz-de-conta, para organizarem mais uns seminários com certificado de presença em que estarão unicamente aqueles e aquelas que raramente fazem alguma coisa e aproveitam a oportunidade para fazer ainda menos sem desconto no ordenado, para lançarem spots publicitários e televisivos com efeito directo nas carreiras dos filhos família que se formaram em design, audiovisuais e multimédia mas não conseguem emprego, ou para reforçar a verba nesta e aquela autarquia que se tem esquecido das suas responsabilidades em termos de cidadania e igualdade de género, mas não se incomoda nada em praticar a transferência de recursos para actividades que lhe venham a dar mais votos nas próximas eleições, promovendo actividades para inglês ver. Mas não só, adiante vem também o Governo e Conselho de Ministros que garante a prisão preventiva sem o flagrante delito, como se isso fosse o supra-sumo das medidas impeditivas de violência doméstica, e impedissem de morrer quem é vítima de homicídio, ou de levar porrada quem é agredido... Isto é, mais dinheiro e trancas na porta depois da casa assaltada, continuam a ser as medidas geniais para quem quer parecer mudar alguma coisa para não mudar absolutamente nada, tudo ficar na mesma, que esta coisa do governar só dá governo se puder sustentar a clientela do costume, e a gente política não sabe o dia de amanhã, que a necessidade calha a todos e uma mão lava a outra, mas com as duas se lava a cara. É a democracia e seus democratas!
Mas não só: outros casos de maus tratos vieram a lume, de onde se depreende que num período de tempo relativamente curto tenham aumentado para quase 70, e isto não contando com aquelas que "comeram e calaram", porquanto são reféns da sua condição económica e dependem integralmente das gentilezas monetárias dos agressores.
Todavia, as autoridades portuguesas, a justiça portuguesa e a comunicação social vigente, continuam a contabilizar estatisticamente as ocorrências, a apoquentar-se com as acções e palavras da UMAR, a sociedade a socializar com os agressores premiando-os pelas suas boas acções, sentenciando sobre as vítimas que "se tal destino Deus lhe deu, é que por alguma coisa o mereceu" tal com disseram anteriormente acerca dos afectados por incapacidades motoras, na popularidade dos ditos que viraram provérbio como no famoso "se Deus o coxeou, é porque algum mal lhe encontrou", coisa de somenos se comentará, já que o que importa para os políticos nacionais é criar obra, pontuar para a pegada ecológica desta geração que se está absolutamente borrifando para as noções cidadania democrática, como para os direitos, liberdade e garantias (constitucionais por acrescento), desde que elas não digam respeito à sua vida, mas à de outrem, por quaisquer que esses outréns sejam, desde que não sejam eles e elas, que ganham bem, têm estatuto de primeira e papel de exemplares mentores da moralidade patriótica.
Ou seja, apetece perguntar com igual cinismo, que importância terá morrerem aquelas que já não eram ninguém para os seus concidadãos e autoridades? É a isto que Pessoa se referia quando afirmou que faltava cumprir-se Portugal? Bem'era a mim, que devia ser!
Por outro lado, as medidas de reforço ao criancismo político aprestam-se para tratar do problema como o faria qualquer ignorante encarregado de educação quando o seu rebento piora nas notas e sobe o número das faltas, aumentando-lhe a mesada, inventando campanhas que sublinhem a sazonalidade da questão, como se elas fossem eficazes na cultura do pepino, à semelhança do que vai sucedendo para o ambiente ou selecção do lixo, que já lá vão mais de um porradão de anos após a DEDS e a maioria da população ainda não sabe em que lugar do ecoponto há-de enfiar a carica, distribuindo uns dinheirinhos pelas sempiternas "paróquias" do faz-de-conta, para organizarem mais uns seminários com certificado de presença em que estarão unicamente aqueles e aquelas que raramente fazem alguma coisa e aproveitam a oportunidade para fazer ainda menos sem desconto no ordenado, para lançarem spots publicitários e televisivos com efeito directo nas carreiras dos filhos família que se formaram em design, audiovisuais e multimédia mas não conseguem emprego, ou para reforçar a verba nesta e aquela autarquia que se tem esquecido das suas responsabilidades em termos de cidadania e igualdade de género, mas não se incomoda nada em praticar a transferência de recursos para actividades que lhe venham a dar mais votos nas próximas eleições, promovendo actividades para inglês ver. Mas não só, adiante vem também o Governo e Conselho de Ministros que garante a prisão preventiva sem o flagrante delito, como se isso fosse o supra-sumo das medidas impeditivas de violência doméstica, e impedissem de morrer quem é vítima de homicídio, ou de levar porrada quem é agredido... Isto é, mais dinheiro e trancas na porta depois da casa assaltada, continuam a ser as medidas geniais para quem quer parecer mudar alguma coisa para não mudar absolutamente nada, tudo ficar na mesma, que esta coisa do governar só dá governo se puder sustentar a clientela do costume, e a gente política não sabe o dia de amanhã, que a necessidade calha a todos e uma mão lava a outra, mas com as duas se lava a cara. É a democracia e seus democratas!
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