Nos wolksvagens da desgraça...
Consta que o carro do povo dos tempos bíblicos terá sido o burro... Sobretudo se considerarmos que foi nele que a Senhora se deslocou a Belém para ter o menino! Seria?... Não seria?... O facto é que até meados do século passado ainda o era, embora o populacho o tenha substituído por besta maior, mais zurrante, potente, lesta e acomodatícia: o carocha. Ou os "wolksvagens" do progresso. E a tradição manteve-se não obstante o câmbio de alimália, para gáudio dos apologista do eterno retorno, ou aqueles que se empenham em regressar à terra tal e qual vieram ao mundo: ignorantes, brutos e bravos que nem uma vara de bronquicéfalos. Os marialvas da repetição tradicional. Os que zurzem o fado da bandeirola para exorcizar o medo de serem encavados por qualquer sem-abrigo ao cruzar da esquina. Os que se acoitam no espírito corporativista da capa (e espada) para executar a sua perversão. Com idem para os que da inveja pela sua moralidade - famosa, a do burro, como todos sabeis, se desen